quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

PZ Myers

http://scienceblogs.com/pharyngula/2009/02/effectively_non-existent.php

Até soltei uma lágrima. Este gajo é o meu herói.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Lindstrøm

O Aphex Twin dos anos 2000 lembra um Aphex Twin dos anos 80

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

STUFF

A qualidade de vida, o bem estar interior, beneficia muuuuuito com a existência de um bom e constante fluxo de descobertas artisticas, e ao fascinio que elas vão provocando e às marcas que vão deixando. E as minhas descobertas que me têm deixado fascinado nos últimos tempos são:

MÚSICA DA BOA:

Vangelis - Heaven And Hell (acabadinho de ouvir, ainda quente saído do forno, tou pasmado com o disco - orgãos, coros, cordas, teclados, cantares de sereias, melodias, numa embalagem "batalha dos deuses na terceira lua de Saturno". Isto podia ser a banda sonora do início dos tempos" - épico é uma palavra batida, isto é mais génio).

Boredoms - Super Roots 10 (a melhor coisa que já ouvi com o selo "Boredoms" - o que não é grande coisa, não sou propriamente conhecedor - é uma coisa magnífica, fantástica, deliciosa, genial, enfim: porreira. Um tema creditado aos Boredoms, os outros temas creditados como remixes da música referida, feitos por boa gente que vive algures por aí - e se calhar fui longe demais na minha afirmação de que são "boa gente", mas quero acreditar que sim, tenho fé na humanidade e acho que é a única maneira de viver este absurdo que constitui a existência humana. Os remixes não têm muito a ver com o "tema original" e são peças individuais e diferentes. Nem sei bem classificar isto: é tecno, electrónica, muita batida e da boa, variações aluciantes, ritmos tribais, sons de moto-serras a ligar, cantares de adoração ao sol, música física que invade certa musculatura e a obriga a um estranho movimento: um abanar, para cima e para baixo, da parte do corpo que suporta a cabeça e o cabelo, vulgarmente conhecida por pescoço).

Aerosmith - Permanent Vacation (tou a ficar com sono e acho que não vou escrever muito sobre isto - e "isto" é rock do bom, suado, musculado, arrogante, romantico, cheio de guitarras, gasolina, fitas no cabelo grande, perfume barato e jeans rotos. A Angel é uma balada tão, mas tão, mas tão foleira, que tenho que tirar o chapéu aos Aerosmith por terem tido a coragem de a gravar - e é assim que se deve apreciar a "Angel", como um tremendo acto de coragem e de descaramento, que encontra paralelo apenas nos temas Crazy, e Cryin, gravados pela mesma banda, alguns anos depois. O disco tá cheio de temas rockantes e crocantes, e destaco a "Dude Looks Like a Lady", que cumpre admiravelmente as enormes expectativas criadas pelo seu magnífico nome. E acabei de escrever mais do que queria sobre as férias eternas do Sousa voador).

Lindstrom - Where You Go I Go Too (agora é que estou mesmo a ficar com sono... É muita bom este disco deste norueguês, tecno ambiente meio retro com influencias de Tangerine Dream e Jean Michel Jarre do bom (alguém me apontou que isto seria um paradoxo, Jean Michel Jarre do bom. Esclareçamos as coisas: o Jean Michel Jarre tem um disco fantástico, o Oxygen, terá talvez mais, eu é que nunca os ouvi. Por favor, libertemo-nos desse velho e estúpido preconceito, que franceses que tocam piano, que se chamam Jean Michel Jarre, e que têm aquela música mesmo fixe do videoclip do foguetão a ir a lua e depois explodir, não podem fazer boa música. Voltando ao Lindstrêêêm que é assim que se pronuncia o "o" traçado a meio, é bom pa c***lho).

FILMES FIXES:

BANDE A PART (GODARD)

THE MAGNIFICENT AMBERSONS (WELLES)

MR SMITH GOES TO WASHINGHTON (CAPRA)

FILME QUE DEU NA SIC HA UMA SEMANA EM QUE UM GAJO QUER NAMORAR COM UMA GAJA MAS A GAJA SÓ PODE SAIR SE A IRMÃ MAIS VELHA NAMORAR TAMBÉM ENTÃO O GAJO PAGA A UM GAJO PARA SAIR COM A IRMÃ MAIS VELHA QUE É UMA REBELDE E DEPOIS ACABAM POR SE APAIXONAR A JOGAR PAINTBALL MAS DEPOIS A GAJA DESCOBRE QUE ELE FOI PAGO PARA SAIR COM ELA E DEPOIS ELA ACABA TUDO MAS DEPOIS VOLTAM NO FINAL PORQUE ELE USA O DINHEIRO QUE RECEBEU PARA LHE OFERECER UMA GUITARRA (NÃO SEI O REALIZADOR)

JUNO (REVI O JUNO, GOSTO MUITO DO JUNO, E GOSTO AINDA MAIS DA JUNO)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O Amos Oz

Acerta em cheio na solução para muita merda:

"No one is immune to fanaticism. If you promise me to take the following with a big grain of salt, I will tell you that at least in principle I have the remedy for fanaticism and this remedy is sense of humor. I have never seen a fanatic with a sense of humor. A fanatic, as I said, is a walking exclamation mark. He will change you and if he cannot change you, he will kill you for your own good. It is good for you.

But sense of humor is the ability to laugh at ourselves, to make fun of ourselves, to see ourselves as the other may see us. I am not a religious person but if I were a religious person, if I believed in a Messiah, I will say the Messiah will come laughing and telling jokes and He will teach all of us how to laugh at ourselves. Once we laugh at ourselves we are immune to fanaticism and yes, ready for a compromise"

Daqui http://www.idkaramanlis.gr/html/drast/en/dialex/05_en/d050118_en.html

Vale a pena ler tudo.

( E lembro-me desta esta cena dos Monty Python http://www.youtube.com/watch?v=LQqq3e03EBQ que revi ha uns tempos e que acho que não fica aqui mal)

Thomas Nagel

http://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Nagel

Diz:

"Nagel is probably most widely known within the field of philosophy of mind as an advocate of the idea that consciousness and subjective experience cannot, at least with the contemporary understanding of physicalism, be reduced to brain activity."


Então pode reduzir-se a quê? Actividade na perna?


(obvio que isto é wikipedia, quando tiver tempo leio algumas coisas do gajo que fiquei curioso)

Digo eu que não percebo nada do assunto

Acabei de ler este artigo so Stephen Jay Gould: http://www.nybooks.com/articles/1151

Caramba... Tudo isto me parece tão simples - E que grande confusão vai na cabeça do Gould.

Ora...

Ao longo da passagem do tempo e da passagem de gerações, vão existir variações na constituição genética dos indivíduos de uma espécie, devido a mutações e devido a novas combinações de genes causadas pelo processo de reprodução (sexual). Estas variações a nível genético são as responsáveis por variações a todos os níveis: a nível molecular, a nível celular, etc.

As variações que melhoram a capacidade de sobrevivência e/ou reprodução do indivíduo em questão tendem a tornar-se maioritárias e a propagar-se entre os membros da espécie.

As variações que prejudicam a capacidade de sobrevivência e/ou reprodução do individuo em questão tendem a tornar-se minoritárias e a desaparecer entre os membros da espécie.

Todas as outras variações (e suponho que sejam muitas), que não influenciam o sucesso reprodutivo do indivíduo (ou influenciem de maneira marginal, desprezável) vão propagar-se com uma taxa de sucesso dependente de outros factores: por exemplo, se uma variação deste tipo deu-se num indíviduo com uma quantidade elevada de "genes bons" (que melhorem o sucesso reprodutivo), esta variação vai-se propagar de maneira mais elevada. Enfim, serão características neutras, com padrões de propragação imprevisíveis. Isto explicaria a "neutral theory of molecular evolution" referida por Gould. E tenho a certeza que para os "ultra darwinistas" como o Dawkins ou o Dennett, isto é tudo muito óbvio.

Argumento criacionista

Retirada da caixa de comentários do blog De Rerum Natura

"
1) Sempre que existe informação codificada existe uma origem inteligente.

2) No DNA existe informação codificada.

3) A origem do DNA só pode ter sido inteligente.

A força deste argumento é que as premissas 1) e 2) são cientificamente irrefutáveis.

Elas baseiam-se em observações diariamente conprováveis, não podendo ser desmentidas através da observação.

Elas dizem respeito a factos observáveis e não em especulações ou extrapolações não observáveis acerca do passado distante.

Elas colocam os evolucionistas em xeque mate, na medida em que não existe nenhuma evidência científica que as possa contrariar.

Na origem da informação codificada em livros, enciclopédias, computadores, telemóveis, etc., está sempre uma inteligência.
"


Vamos experimentar mudar uma coisa:

1) Sempre que existe informação codificada existe uma origem humana.

2) No DNA existe informação codificada.

3) A origem do DNA só pode ter sido humana.

A força deste argumento é que as premissas 1) e 2) são cientificamente irrefutáveis.

Elas baseiam-se em observações diariamente conprováveis, não podendo ser desmentidas através da observação.

Elas dizem respeito a factos observáveis e não em especulações ou extrapolações não observáveis acerca do passado distante.

Elas colocam os evolucionistas em xeque mate, na medida em que não existe nenhuma evidência científica que as possa contrariar.

Na origem da informação codificada em livros, enciclopédias, computadores, telemóveis, etc., está sempre uma inteligência humana.

Absurdo.

"Para um ateu, que significa a morte? O fim de tudo?"

Encontrei esta pergunta num comentário, num blogue sobre um assunto qualquer (não interessa). Sendo eu ateu, vou responder a esta pergunta aqui. Vou falar em meu nome, ateu, e não em nome de todos os ateus que existem - mas falarei certamente em nome de alguns, ou bastantes. Antes de mais vou introduzir este blogue, o Dis Aliter Visum, onde vou escrever o que me apetecer escrever relativamente a questões que ainda não sei bem quais são.

Voltando à questão que deu nome a este post: suponho que para a grande maioria dos ateus e crentes, a morte não significa o fim de tudo, mas apenas o fim daquilo a que chamamos de "vida", no indivíduo que morre. O resto do mundo e das pessoas continuam o seu normal funcionamento.

Onde os crentes e os ateus diferem é na crença sobre se existirá um lado não físico na constituição do ser humano, que sobrevive à morte física. Os crentes acreditarão que sim, muitos deles chamam-lhe um nome definido, "alma". Esta alma sobreviverá à morte do corpo físico do ser humano e continuará a sua existência. Onde, como, porquê, são questões cujas respostas nenhum crente sabe ao certo, obviamente. Um ateu, aquele que não acredita em Deus, tem geralmente uma natureza mais céptica e não acreditará na existência deste lado não físico na constituição do ser humano. E para ele, o que é a morte? É o fim de tudo? Como dissemos em cima, o mundo não acaba quando alguém morre. A morte é o fim da existência do indivíduo que morre, o desligar de todas as suas funções, como um computador que faz um "shut down". Como uma mosca que é esmagada. Estava viva, deixou de estar.

Nadal

http://www.youtube.com/watch?v=S10YlMGWxcw

O abraço que dá ao Federer no final do minuto 3 diz tudo. O desporto atinge aqui o nível mais alto.

O Gram Parsons

É o maior.

O Gram Parsons dá um pontapé na escada em direcção ao paraíso da adoração pública e crítica, onde os "clássicos" se tentam equilibrar no topo. O Gram dá um pontapé na escadote e é ver o Bob Dylan cair estatelado de nariz no chão e os óculos pretos em pedacinhos. E a poesia imcompreensível a voar em pequenos papeis perante o desinteresse geral. É ver o Mick Jagger a tentar agarrar-se esperneando e guinchando. Os Beatles, os Led Zeppelin desaparecem numa irrelevância chata e irritante típica dos copiões competentes. O Frank Zappa aumenta o volume do seu amplificador e grita a sua importância de génio musical provocador - é encaixotado numa embalagem "aborrecido - manter fechado durante tempo indeterminado". O Bowie, os Velvet, curvam-se perante o divino e descem a escada cabisbaixos. Muitos outros fazem o mesmo. Alguns na escada não queriam estar e descem soltando vivas e até que enfins! Os que barafustam são como moscas que não saem janela fora quando a abrimos de propósito. Sofrem o mesmo tratamento da mosca, uma palmada contra a parede e toca a cair verticalmente para o chão.

O Gram Parsons é o maior.

Discos para sempre

Não sei se são discos que iria levar para uma ilha deserta (a ideia de levar discos para uma ilha deserta é parva, se estivesse preso numa ilha deserta iria estar preocupado em sair de lá o mais rapidamente possível), mas são discos a que irei sempre voltar, discos que já ouvi centenas de vezes, mas que gosto de esquecer para depois, num futuro qualquer, num sítio qualquer, voltar a descobri-los com o mesmo prazer de todas as vezes anteriores. E ouvi-los compulsivamente até cansar. Para depois os esquecer. E para depois, muito depois, vir uma lembrança daquele disco particular, e aí sei qual vai ser a banda sonora dos próximos dias ou semanas. São certezas de prazeres gigantes, acessíveis ao mínimo esforço. E sem os quais a vida seria bem menos interessante. Como o natal para as crianças.

Dois discos destes são:

Nancy Sinatra and Lee Hazlewood - Fairy Tales & Fantasies: The Best of Nancy & Lee

Sam Cooke - The Man And His Music

E claro que a música de discos assim, é a melhor que alguma vez ouvi.

Links para youtubes:

http://www.youtube.com/watch?v=Sb-SVPJM4L4

http://www.youtube.com/watch?v=rnkuRQ8tjIE

http://www.youtube.com/watch?v=f0aLkdi3GQo

Já agora, as duas coisas que mais quero na vida é a voz do Sam Cooke e a Nancy Sinatra de 20 e tal anos.

Notas sobre aquele "Animal Collective Rough Trade Mix"

A primeira canção é grande. Ultrapassa os 6 minutos. Parece-me que pertence àquele detestado género musical designado por música New Age. Se música New Age é assim, tenho que alterar os meus preconceitos sobre música New Age (que se resumem ao som refrescante de cascatas, passarinhos e a ocasional flauta do índio Joe). A canção chama-se Alpha Ralpha Boulevard e é dum gajo chamado Ralph Lundsten. É mesmo boa a canção. Semelhanças entre o Alpha Ralpha e o índio Joe não serão musicais. Nem físicas que o Alpha Beta é sueco. Talvez partilhem o gosto pela venda de aparelhos de abdominais que funcionam à base de choques eléctricos no paredão da praia da Vieira. Ou por uma refrescante cachimbada ao pé de uma cascata.

O segundo tema chama-se I Miei Sogni, de Le Orme. Não me vou alongar sobre este conhecido tema da popular banda bielorussa, geralmente considerado uma das suas mais particulares composições.

O terceiro tema é aquele Life, daquele Justin Heathcliff, de quem falei no post anterior. Há ali uma parte no meio que lembra a "Whiter Shade Of Pale" ou é só a minha cabeça obcecada com a "Whiter Shade Of Pale", que vê "Whiter Shade Of Pale" em tudo? Há ali uma melodia metida no meio que também me é familiar. Este Justin Heathcliff é um cópião. Mas copia bem, faz daqueles copianços em que páginas inteiras são condensadas num papelinho enrolado no lápis. Nota 16.

O tema 4 é assim assado e os restantes temas vão ficar para depois (o que significa: para nunca) .

um dia destes

Um dia destes procuro isto. Sei que vou adorar. Como se adora um pedaço de madeira de 3 metros de altura, esculpido na forma de uma cabeça de touro. Com cornos feitos a ouro. E uma argola gigante no nariz.

http://www.jrawk.com/Content/H/heathcliffjustin/reviews/justinheathcliff.html

Cheguei a este gajo a partir disto

http://mybraindance.blogspot.com/2009/01/in-mix-25-animal-collective.html

A canção Justin Heathcliff - Life é daquelas que não enganam.

Já agora,

Esse mix dos AC é muita bom.

Os AC são muita bons.

Texto banal sobre o comunismo - ou sobre os efeitos do ócio

Podemos definir duas àreas de intervenção do estado: uma área "económica", definida pelo grau com que o estado investe na sociedade (aplicando dinheiro proveniente de impostos), e a área correspondente à definição das liberdades, direitos e deveres individuais. Esta última área engloba as questões menos consensuais como o aborto, o casamento, a adopção de crianças, uso de drogas, e questões mais consensuais como o direito à segurança, a liberdade de opinião, o funcionamento da democracia, a prática da justiça, etc. (perceberam a ideia). Geralmente, os partidos chamados de direita são mais conservadores nas questões menos consensuais (existe uma defesa da tradição, de uma evolução lenta dos costumes), e os partidos de esquerda mais liberais (mais progressistas, que defendem mudanças rápidas na moralidade e nos costumes, de maneira a construir uma sociedade mais evoluída).

Relativamente à área "económica", podemos definir duas tendências que seguem em direcções opostas: a tendência de maior intervenção do estado, e a tendência de menor intervenção. Em termos simples, a intervenção do estado tem como objectivo o atingir certos objectivos sociais: a igualdade, a garantia de serviços como a educação ou a saúde, o financiamente da cultura e da ciência, a eliminação da pobreza, a ecologia. O estado funciona como um gestor de uma certa quantidade do dinheiro produzido pelo sistema económico, de maneira a aplicá-lo nestas áreas. As posições que defendem uma menor intervenção do estado na economia defendem que um estado interventivo funcionaria como um sufoco no desenvolvimento económico, e que aqueles serviços acima referidos, que o estado se propõe garantir, podem ser fornecidos de maneira mais eficaz, directamente pela população e para a população - o estado funciona como um intermediário desnecessário e não desejado: lento, burocrata, sujeito à corrupção e incompetência.

E vamos dar nome a estas tendências: relativamente à area da moral, das liberdades e deveres individuais, à tendência de menor intervenção do estado podemos dar o nome em inglês de "libertarianism" (a tradução para português não sei qual será a mais correcta); à tendência de maior intervenção do estado podemos designar de autoritarismo. Existirão posições autoritárias em certos temas que serão boas (o aplicar da justiça, o garantir a segurança) e posições autoritárias que serão más (o limite da liberdade de expressão, por exemplo).

Relativamente à área "económica", à tendência de maior intervenção do estado é dado o nome de socialismo. À tendência de menor intervenção do estado é dado o nome de liberalismo (económico).

Quando alguém se define hoje em dia como comunista, o que quer dizer? O que distingue principalmente a ideologia comunista é a defesa de uma extrema intervenção do estado na área "económica". Mas quão extrema é esta intervenção? A um estado que intervenha de maneira a garantir variados serviços sociais, pode ser dado o nome de socialista. Hoje em dia, a ideologia que defende um estado deste tipo, e que seja progressiva a nível moral, chama-se social-democracia. Olhando para este nome, vemos que é a conjugação de dois nomes que ilustram a sua posição relativamente às areas "económica" e "moral": socialismo e democracia. O comunismo não pode ser igual à social-democracia, porque se o fosse, deixaria de haver distinção entre estas duas ideologias. O que é que distingue a ideologia comunista da ideologia social-democrata, no nível "económico"? O comunismo defende uma forma total de socialismo. Enquanto que no socialismo aplicado pela social-democracia, o estado funciona como um gestor de uma quantidade do dinheiro produzido pelo sistema económico (para o aplicar em áreas que considera essenciais), no comunismo o estado funciona como um gestor de toda a quantidade do dinheiro produzido - deixa de existir a possibilidade do empreendorismo privado, pois apenas o estado tem o poder de gestão do dinheiro em circulação. Isto implica uma revolução profunda na sociedade, e a aplicação desta ideia requer um compromisso da globalidade da população - a montagem de uma sociedade comunista requer muito tempo e um esforço gigante (o processo de controlo do estado de todos os sectores económicos - desde a agricultura à vanguarda tecnológica), e de certa maneira é um processo irreversível (seria desastrosa a aplicação\desaplicação\aplicação do ideal comunista na sociedade em curtos espaços de tempo). De referir também as complicações que surgiriam relativamente às relações económicas com países e empresas estrangeiras - se existissem. Por exemplo, num país comunista, em que o estado tem o controlo de todo os movimentos financeiros na sociedade, seria possível a abertura de um McDonald's dentro de alguma cidade? Seria uma contradição - só se o estado fosse dono do McDonald's.

Devido à necessidade acima referida de um esforço e compromisso colectivo de toda a sociedade na montagem de uma utupia comunista, as sociedades comunistas que surgiram ao longo da história, cometeram alguns abusos e adoptaram posições condenáveis na àrea das "liberdades, direitos e deveres individuais": limitações na liberdade de expressão, a não existência da democracia, a censura, a existência de presos políticos. E quase que apetece dizer: e de outra maneira não poderia ser.

E percebe-se melhor porque é que a ideologia social-democrata adoptou este nome: para se distinguir da outra ideologia socialista.

Onda gigante de aplausos e assobios e cadeiras a voar

http://ruitavares.net/textos/a-infelicidade-dos-portugueses-conta/

Clap clap clap

http://dererummundi.blogspot.com/2009/01/brincadeira-ou-delito.html

Salários de deputados e membros do governo

Não sei quanto é.

Mas acho que quem está encarregue de governar o nosso país e de garantir a melhor qualidade de de vida possível para todos os que cá vivem, não deveria, moralmente, ganhar mais do que as pessoas que menos ganham, ou seja, o salário mínimo.

Se os nossos governantes acham que é possível uma vida boa e realizada apenas ganhando um salário mínimo, cujo valor é por eles estabelecido, façam favor de dar o exemplo.

A consequência disto seria um esforço bem maior em garantir melhores condições de vida para os grupos de pessoas menos favorecidas (onde os nossos políticos se encontrariam). E é assim que deve ser.

Mc Donalds O' The State / O' Zara Dance / The Taxpayer Irishman

Vou tentar explicar aqui uma ideia que vou tentar desenvolver com mais tempo em posts posteriores.

E se o estado se começar a comportar como um conjunto de empresas privadas, a funcionar em variadas áreas e a competir com o sector privado, com a condição dessas "empresas" terem forçosamente que dar lucro e logo serem auto-sustentáveis?

Se estas empresas forem auto-sustentáveis financeiramente, não se pode acusar esta ideia de fazer com que os impostos aumentem, ou de serem financiadas pelo impostos que todos pagamos, incluindo potenciais empresas concorrentes (o que criaria um problema óbvio: uma desvantagem injusta para o sector privado. E sim, estas empresas públicas pagariam impostos, e seriam sujeitas às mesmas regras e regulamentações a que estão sujeitas as empresas privadas).

* Nota: Reli este texto agora, passadas umas boas semanas depois de o ter escrito. Não consigo ter opinião formada sobre isto - mas uma certeza tenho: esta ideia encontra-se algures entre o 2 e o 17.

Democracia 2.0

Vou tentar expor uma ideia que poderia melhorar o nosso sistema democrático:

Deitemos abaixo o parlamento tal como o conhecemos. Continuam a existir partidos. E existem votações de x em x anos, não para eleger um primeiro ministro e os ocupantes das cadeiras de uma sala, mas para eleger um número, 5 ou 6, de partidos dominantes, chamemos-lhe assim.

Todos os dias, ou dia sim dia não, ou quatro vezes por semana (percebem a ideia), a uma certa hora definida, durante um par de horas ou mais, algumas propostas de lei são apresentadas pelos partidos dominantes. Imaginemos uma sala conferência, com um pequeno palco e um fundo onde seriam projectadas apresentações, etc - não vale a pena continuar, a imagem é familiar. Estas propostas são apresentadas pelos partidos dominantes. Uma proposta é apresentada por um partido dominante, com um tempo máximo limitado, mas suficiente, e depois desta apresentação todos os outros partidos dominantes têm o mesmo tempo para fazerem as defesas dos seus pontos de vista relativamente à proposta apresentada (se concordam, se não concordam). Cada partido dominante tem direito a um igual número de apresentações de propostas de lei por sessão. O número de propostas por sessão, tal como a duração de cada sessão, e o número de sessões por semana são detalhes a definir.

Uma coisa: as propostas de um partido, antes de serem apresentadas numa sessão, têm que ser fornecidas aos partidos rivais, de uma maneira detalhada, para existir tempo para estes partidos montarem a sua posição relativamente à proposta, e respectiva apresentação na sessão.

Estas sessões são filmadas e passadas em directo na televisão e na internet.

Cada português, maior de idade, terá na internet uma "página de votante". Nesta página de votante, acedida através da introdução de um login e password, o utilizador poderá votar se concorda ou não com as leis que foram propostas em sessões anteriores. Ou apenas na sessão anterior. Agora surge outro detalhe a definir: o tempo disponível para a votação numa proposta. Alguns dias, uma semana? Mais?

Nesta página de votante, existem opções como consultar o histórico de decisões que o utilizador tomou, consultar fórums de discussão abertos onde ideias sobre as propostas são discutidas, rever as apresentações das sessões, ter acesso aos espaços dos partidos (onde estes podem fazer uma defesa mais detalhada das suas posições). E uma boa ideia seria existir uma entidade independente cuja função é a explicação das propostas, em linguagem comum e acessível, se tal fosse necessário.

Existe também a opção do utilizador definir as suas presentes e futuras decisões como estando de acordo com as posições de determinado partido. Se alguém não se quiser chatear com todo este processo, tem a opção de escolher "votar sempre de acordo com o partido Y". Existe também a opção de abstenção. E seguindo o mesmo raciocínio, a opção de "votar sempre em 'branco'".

Este sistema informático teria que ser seguro, e teria que existir uma base de dados com a informação de todos os portugueses, com o seu nome e idade, número de identidade, e provavelmente chega.

Ao atingir a maioridade, ou se já a tiver atingido, o utilizador pode aceder a este sistema e fazer um registo de votante, o qual cria a tal página de votante para o utilizador, que a poderá começar a utilizar.

Relativamente às pessoas que não usam internet, por opção ou desconhecimento, são disponibilizados nas cidades e povoações (nas juntas de freguesia por exemplo?), serviços que fazem este registo de votante, numa forma a papel e caneta. De qualquer maneira, uma página de votante é automaticamente criada, seja o registo de votante feito de uma maneira ou outra. Neste registo de votante é feita uma escolha de votação por defeito: em partido X, em partido Y, em branco. Se não existir posterior alteração pelo utilizador, esta tendência de voto é mantida.

Outra ideia: a votação nos partidos, além de servir para eleger os partidos dominantes, serve para alterar esta escolha de votação por defeito. E esta votação nos partidos, pode ser feita de maneira informática, através da página de votante, ou de maneira convencional, tal como no caso dos registos de votante.

De referir que este sistema não substitui a função do governo - substitui a função do parlamento. Suponho que um governo teria que continuar a existir. Neste sistema, é fácil imaginar que depois da votação para os partidos dominantes, as primeiras propostas de cada partido sejam relacionadas com a formação do governo - que cargos a existir, que pessoas os vão ocupar.

E acho que é tudo. :)

In Vino Veritas

miguel diz:
claro ;) moderaçao ...
miguel diz:
mas eu defendo 1 tipo diferente de moderação
miguel diz:
tipo
miguel diz:
nao é moderação na qualidade dos excessos , mas moderação na quantidade dos excessos
miguel diz:
nao te ponhas bebado e fodido muitas vezes
miguel diz:
mas quando te pores bebado e moca , nao imponhas limites no grau com que te poes
miguel diz:
se é pa beber e fumar , que seja pa beber e fumar a serio
miguel diz:
mas faz isso so 1 vez por semana
miguel diz:
ehehe
miguel diz:
e depois ha coisas particulares
miguel diz:
a moca boa nao te vai deixar ressaca
miguel diz:
com a moca boa acordas fresco
miguel diz:
como o que acontece depois dum temporal , vem o sol , ha orvalho nas flores , um sentimento de frescura no ar
miguel diz:
com a moca boa é a mesma coisa
miguel diz:
as vezes , um gajo sai dps de jantar pa um "cafe" , bebe 4 finos , fuma meio maço , no dia a seguir acorda com aquela dor de cabeça fodida
miguel diz:
com a moca boa é diferente
miguel diz:
com a moca boa
miguel diz:
tu poes-te bem bebido e/ou charrado ja la pelas 23 , meia noite
miguel diz:
dps o resto da noite é a continuação dessa moca , sempre a subir de maneira constante
miguel diz:
e agora eu acho que acontece uma coisa , nao faço ideia se é isto é verdade , mas pela pouca experiencia propria , acho q é provavel acontecer
miguel diz:
a medida que a noite passa e tu vais voando na tua embriaguez , vai acontecendo de maneira paralela uma regeneração fisica do que bebeste
miguel diz:
qd ja estas num estado de alta embriaguez , nao estás a beber tanto como no inicio da noite
miguel diz:
estas a beber menos , o suficiente pa te manter embriagado / subir a embriaguez
miguel diz:
e o que eu acho que causa a ressaca é o recuperar dos excessos fisicos que o beber causa ... mas estes excessos sao causados principalmente pelo começar da bebedeira, um degrau de dirac pum
miguel diz:
e a coisa é q vais recuperando desse começo da bebedeira ao longo da noite
miguel diz:
e quando acordas no dia a seguir ja nao tens aquela ressaca fodida
miguel diz:
agora
miguel diz:
tu tens um tipo diferente de ressaca
miguel diz:
uma ressaca que me faz agora , as 22.30 , estar meio tonto
miguel diz:
mas é uma sensaçao agradavel
miguel diz:
é bem confortavel , provoca bem estar
miguel diz:
estive o dia inteiro assim
miguel diz:
ouvir musica é excelente neste estado
miguel diz:
andas livre
miguel diz:
olha vou escrever isto num blog
miguel diz:
alias
miguel diz:
vou criar um blogue dedicado a estas importantes questões
miguel diz:
melhor , vou fazer copy paste disto que não me apetece escrever isto outra vez , daquela maneira certinha com que se escreve nos blogues
miguel diz:
e agora vou procurar alguma citação em latim relacionada com vinho